Os últimos três espécimes de arara azul do Parque Dois Irmãos, na Zona Oeste do Recife. Dois animais foram encontrados mortos em sua jaula na manhã de domingo, onde bo sábado já havia sido registrada outra morte. Todas as aves eram fêmeas. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa do Parque.
A causa das mortes ainda será apontada por um laudo da equipe do próprio zoológico. Os exames estão sendo realizados em diversos laboratórios, inclusive de fora do estado. O resultado da análise será revelado dentro de 15 dias, para que possam ser tomadas providências necessárias. O movimento Por um Novo Parque Dois Irmãos publicou uma nota em sua página oficial no facebook lamentando o caso. De acordo com o grupo,o plantel inicial de araras-azuis no zoológico era de nove animais e, quando uma espécie corre o risco de extinção, "cada exemplar é uma peça preciosa".
Confira, na íntegra, a nota do movimento:
O TRISTE FIM DO "AZUL" NO PARQUE DOIS IRMÃOS
O Movimento Por um Novo Parque Dois Irmãos recebeu a lamentável notícia de que as últimas araras-azuis-grandes (Anodorhynchus hyacinthinus) do zoológico foram encontradas mortas no recinto na manhã deste domingo (30/11/2014). Muito provavelmente, quando o Parque abrir na próxima terça-feira, haverá uma placa de "Recinto em Manutenção" no local onde outrora estavam estas aves carismáticas e de beleza inigualável. Um plantel de araras-azuis que era de 9 animais no passado foi reduzido a 0 atualmente. Fato que deveria entristecer e doer em cada um de nós, pois a arara-azul-grande, além de ser o maior psitaciforme existente, é também uma espécie ameaçada cuja população está declinando em boa parte de seu habitat natural (Machado et al., 2005; BirdLife International, 2014). Desta forma, cada indivíduo é uma peça importante na sua conservação. Será que tal percepção ou senso de responsabilidade com relação a esta e outras espécies existe no Parque Dois Irmãos? Ou como mais este acontecimento nos mostra, o que importa é exibir animais para bel-prazer e diversão e distanciar-se cada vez mais da concepção moderna de zoológicos do século XXI?
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Fonte: Diário de Pernambuco
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