Conheça agora a Orfeão de Cordas Nivaldo Jatobá
Um grupo de crianças da cidade de Belo Jardim, no Agreste pernambucano, a 187 quilômetros do Recife, ela costumava estudar música ao ar livre, num local chamado Praça dos Eucaliptos. Chovesse ou fizesse sol, eles estavam sempre lá, ensaiando e aprendendo a linguagem musical por meio das cifras. Hoje, a garota de 15 anos toca violão e guitarra no grupo musical Orfeão de Cordas Nivaldo Jatobá, que possui nove integrantes, sob a regência do professor e maestro Dorisvaldo Dantas Paulino. O grupo é a próxima atração do projeto Vitrine, direcionado aos leitores do Diario de Pernambuco e marcado para o próximo dia 28, no Auditório dos Diários Associados, em Santo Amaro.
Grupo se dedica às composições populares e promove pequenas performances enquanto toca. A primeira aluna deste bem-sucedido projeto de educação musical, Allana Faustino, mostrará junto com o Orfeão de Cordas um legado popular e inusitado. "Nosso repertório é eclético. Os pontos fortes são o arrastão de forró e o pout-pourri de frevo", conta a radialista Damiana Alves Barbosa, 47 anos, coordenadora do grupo musical, que também desempenha o papel de assessora de imprensa.
Segundo ela, o projeto - que hoje possui uma sede na comunidade de Santo Antônio, em Belo Jardim - ficou ameaçado de fechar as portas. Recentemente, no entanto, foi amparado pela Fundação Belo Jardim, que reformou a casa onde fica a sede (serviços de pintura e gesso), além de contratar Dorisvaldo Paulino como regente, pois o grupo estava sem maestro. As aulas são gratuitas e acontecem de segunda a sexta-feira, nos três turnos. Atualmente, a escola possui 60 alunos, mas já chegou a ter uma centena. "Também foram doados instrumentos, pois a escola havia sido roubada. Levaram nossa bateria e o som", explica Damiana Barbosa.
O nome do grupo, detalha ela, foi escolhido em homenagem a Nivaldo Jatobá, seresteiro belo-jardinense famoso e já falecido. Nivaldo era tio de Vilma Jatobá, presidente da Fundação Belo Jardim. E Orfeão quer dizer coletivo.
A apresentação no Recife tem uma hora de duração e inclui músicas conhecidas na voz de Luiz Gonzaga (como Asa Branca e Feira de Caruaru) ou de nomes da MPB, como Geraldo Azevedo (Saudade d'ocê). "Eles sabem tocar muito, mas só agora estou ensinando a teoria musical e a leitura de partituras. Antes, eles só liam cifras. É uma fase de lapidação de talentos", admite o maestro, que está à frente do Orfeão de Cordas há um mês e meio.
Uma curiosidade são os números inusitados, pois em uma das músicas eles tocam formando uma corrente, com os seus violonistas com as mãos entrelaçadas. Allana Faustino, a primeira a chegar ao grupo, se destacou tanto que chega a tocar três violões ao mesmo tempo, inclusive com a ajuda dos pés.
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eu amo a orfeão de cordas sou fã numero 1
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